A TIM (TIMS3) teve um início de 2025 promissor, com uma valorização de 20% nas ações após o anúncio de bons resultados, guidance de dividendos para 2025 e um programa de recompra de ações. O JPMorgan reiterou sua recomendação de “overweight” para as ações da empresa, destacando um crescimento projetado superior ao da concorrente Vivo (VIVT3), especialmente no fluxo de caixa livre operacional (OpFCF). O banco elevou seu preço-alvo de R$ 19 para R$ 21, com uma previsão de crescimento anual composto (CAGR) de 10% para 2025-2028, superando o crescimento esperado da Vivo de 6,6%.
A TIM também anunciou a distribuição de R$ 4 bilhões em dividendos, o que representa um dividend yield de 10% para 2025, acima dos 8% da Vivo. A empresa está adotando uma estratégia de aumentar o payout, o que reflete sua sólida geração de caixa, especialmente após os investimentos feitos entre 2013 e 2017 e a consolidação do mercado, com a redução de quatro para três players no setor. Essa estratégia é vista de forma positiva pelos analistas, que destacam a capacidade da companhia de distribuir dividendos enquanto mantém uma posição forte no mercado.
Apesar da valorização recente das ações, o Goldman Sachs, embora mantendo uma recomendação neutra, acredita que o alto yield e a sólida geração de caixa protegem a TIM contra riscos de queda, mesmo com o cenário macroeconômico incerto. No entanto, a instituição destacou uma desaceleração mais forte do que o esperado na receita de serviços móveis e um guidance de receita de curto prazo que ficou ligeiramente abaixo da inflação projetada, apontando algumas preocupações para o desempenho a curto prazo.