Nos últimos dias, a ilha de Santorini, na Grécia, tem sido marcada por intensa atividade sísmica, com tremores frequentes que começaram a ser registrados desde o final de janeiro. Somente nas últimas 48 horas, mais de 7 mil pessoas, entre moradores e turistas, foram evacuadas devido aos abalos, que, apesar de não terem causado grandes danos, geraram apreensão nas autoridades locais. As balsas e voos extras organizados para o transporte de passageiros mostram a preocupação com a continuidade dos tremores, que têm afetado também outras ilhas próximas, como Amorgos.
De acordo com o Instituto Geodinâmico do Observatório de Atenas, desde o dia 24 de janeiro, mais de 750 tremores foram contabilizados na região ao redor de Santorini. A frequência dos abalos aumentou substancialmente nos últimos dias, com mais de 180 tremores diários, dos quais muitos ultrapassam a magnitude 3. Especialistas destacam que a atividade sísmica é sem precedentes na área, sendo a mais intensa já registrada desde o início dos estudos sísmicos, em 1964. Embora o risco de um terremoto de grande magnitude ainda seja considerado baixo, os tremores devem continuar por semanas.
Embora os danos materiais sejam limitados, algumas áreas da ilha registraram deslizamentos de terra e quedas de rochas, além de nuvens de poeira geradas pelo impacto dos tremores nas regiões costeiras. A evacuação de moradores e turistas, aliada ao fechamento das escolas em Santorini e outras ilhas vizinhas até o dia 7 de fevereiro, tem sido uma medida preventiva das autoridades para garantir a segurança da população. A continuidade dos tremores e o medo de novos abalos seguem sendo motivos de grande preocupação para os locais e visitantes da região.