A Agência de Proteção Financeira ao Consumidor (CFPB), criada há 14 anos no governo Obama para proteger os consumidores de abusos financeiros, foi recentemente alvo de críticas e ações do governo Trump. O bilionário Elon Musk, influente no cenário político da Casa Branca, indicou a intenção de desmantelar a agência, com apoio de aliados políticos. Na sexta-feira (7), ele publicou um comentário sobre o fim da CFPB, seguido de ações que incluíram o acesso de sua equipe aos sistemas internos da agência, causando instabilidade no site da instituição.
O governo de Trump segue com iniciativas para cortar o orçamento de várias agências federais, com a promessa de eliminar gastos excessivos. O recém-criado Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Musk, também gerou polêmica ao sugerir reestruturações em órgãos como a Agência para Desenvolvimento Internacional (USAID) e até o Departamento de Educação. No entanto, essas ações enfrentam resistências jurídicas, uma vez que somente o Congresso pode extinguir agências estabelecidas por lei, e juízes questionam a legalidade de algumas medidas adotadas.
Além disso, a Justiça dos Estados Unidos tem agido para suspender decisões do governo relacionadas a mudanças estruturais e orçamentárias. Em uma das mais recentes medidas, o acesso ao sistema de pagamentos do Tesouro foi temporariamente bloqueado, após um juiz concluir que a autorização de acesso comprometia a segurança dos dados e aumentava a vulnerabilidade a ataques cibernéticos. Essas movimentações refletem a crescente disputa sobre os rumos do governo e suas políticas de eficiência e cortes no funcionalismo público.