O Brasil, maior produtor de café do mundo, exportou em 2024 um valor recorde de US$ 1,9 bilhão para os Estados Unidos, que é o principal comprador do grão. O aumento nas exportações de café também se reflete no desempenho da região da Alta Mogiana, em São Paulo, onde a participação dos EUA nas exportações subiu significativamente. Entretanto, a perspectiva de novos desafios econômicos e políticos pode afetar as exportações do Brasil, especialmente com a iminente posse de um presidente nos EUA, cujas medidas econômicas, como taxas e tarifas sobre produtos estrangeiros, podem gerar incertezas.
Em 2025, o Brasil projeta uma safra menor devido a adversidades climáticas e incêndios em plantações, o que pode reduzir ainda mais a produção de café. Especialistas apontam que a relação diplomática entre os dois países, especialmente em função das políticas adotadas pelo governo dos EUA, poderá impactar o mercado do café. As tarifas impostas pelo presidente norte-americano a outros países, como a Colômbia, mostram que medidas protecionistas podem ser uma ameaça para o setor cafeeiro brasileiro. No entanto, muitos especialistas acreditam que, pelo momento, não haverá uma taxação imediata sobre o café.
Outros fatores econômicos também influenciam o cenário das exportações brasileiras. O câmbio, com a valorização do dólar, pode trazer benefícios para os produtores brasileiros ao tornar o café mais competitivo no mercado internacional. Porém, medidas como o aumento das taxas de juros nos EUA, que fortalece a economia americana, podem aumentar os custos para os produtores no Brasil e desacelerar o crescimento econômico. As questões de inflação também são uma preocupação, já que uma possível taxação no mercado americano poderia reduzir a demanda e afetar o preço do café globalmente.