O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, se prepara para uma reunião com o enviado especial dos Estados Unidos, Keith Kellogg, após ser alvo de duras críticas de Donald Trump, que o acusou de ser um “ditador” e afirmou que a Rússia está em posição de controlar as negociações de paz. Esse cenário gerou temores sobre uma possível ruptura nas relações entre os EUA e a Ucrânia, que depende do apoio americano para resistir à invasão russa, iniciada há três anos. Em resposta, Zelensky afirmou que a Ucrânia não busca uma aliança com o Kremlin, mas sim com a paz, destacando o conflito como uma escolha entre a paz e a Rússia.
Enquanto isso, o Kremlin anunciou uma retomada do diálogo com os Estados Unidos, destacando um alinhamento com a postura americana sobre a Ucrânia. A situação foi descrita como um momento de reaproximação, apesar de ainda haver pouca clareza sobre possíveis resultados concretos. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, observou que as discordâncias entre Washington e Kiev permanecem, embora os EUA continuem sendo uma fonte vital de apoio financeiro para a guerra. Putin, por sua vez, demonstrou satisfação com o restabelecimento da comunicação com os EUA, mencionando sua disposição para dialogar com o ex-presidente americano, Donald Trump.
As críticas de Trump à Ucrânia e a retórica agressiva geraram apoio a Zelensky por parte de líderes europeus, como o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer. Em resposta à acusação de Trump de que a Ucrânia seria uma ditadura, representantes da União Europeia reiteraram a legitimidade do governo ucraniano, eleito por meio de eleições livres e justas. Além disso, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou uma visita a Kiev para reafirmar o apoio à democracia ucraniana, enquanto a Rússia segue apostando em negociações com os EUA para resolver o impasse no país.