O encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia na Casa Branca terminou em um bate-boca, simbolizando o auge das tensões entre os dois países. O encontro tinha como objetivo formalizar um acordo para a exploração de minerais críticos e terras raras na Ucrânia por Washington, mas divergências sobre os termos levaram ao cancelamento da assinatura. A presidência americana afirmou que o líder ucraniano desrespeitou os Estados Unidos, reforçando o clima de distanciamento entre os governos.
Desde sua campanha eleitoral, o presidente dos EUA já expressava ceticismo sobre o apoio financeiro à Ucrânia, criticando os valores destinados ao país em comparação com os da Europa. Após assumir o cargo, ele endureceu a retórica, afirmando que Kiev deveria demonstrar mais gratidão e que o conflito deveria ser encerrado rapidamente. Além disso, sua administração buscava garantias econômicas em troca da ajuda já enviada, propondo a exploração de recursos naturais como forma de compensação, proposta inicialmente rejeitada pela Ucrânia.
As divergências se intensificaram com críticas públicas sobre a condução da guerra e a governança ucraniana. O presidente americano sugeriu que a segurança da Ucrânia deveria ser responsabilidade da Europa e descartou a possibilidade de inclusão do país na Otan, o que era uma das principais demandas de Kiev. O impasse culminou na frustração do governo americano, que publicou uma nota afirmando que as negociações de paz estavam comprometidas enquanto a Ucrânia contasse com o envolvimento dos EUA como vantagem estratégica.