A Alemanha vive um clima de tensão no último dia de campanha para as eleições gerais de 2025, com protestos e a crescente influência da extrema direita. O União Democrata-Cristã (CDU), liderado por Friedrich Merz, é considerado favorito, mas a Alternativa para a Alemanha (AfD) aparece em segundo lugar nas pesquisas, com chances de alcançar um desempenho histórico. A atual coalizão governista, liderada por Olaf Scholz, figura em terceiro. O cenário também é impactado por discussões sobre segurança e a relação com os Estados Unidos, especialmente em relação à guerra na Ucrânia.
A segurança interna da Alemanha tem sido um tema central após recentes ataques fatais, incluindo um incidente próximo ao Memorial do Holocausto em Berlim, que gerou revolta pública. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma recessão e uma crise em seu modelo industrial, questões que devem ser prioritárias para o próximo governo. Merz, que deseja formar uma coalizão, tem se distanciado da AfD, apesar do crescimento desse partido. No entanto, a fragmentação política pode tornar as negociações mais difíceis.
A interferência externa também tem marcado as eleições, com apoio de figuras influentes dos Estados Unidos à AfD e o impacto das campanhas de desinformação. Em meio a essas tensões, a imigração e as questões geopolíticas dominaram o debate. Merz, líder conservador, busca restabelecer o papel de liderança da Alemanha na Europa, defendendo uma postura firme em relação à Ucrânia e à liberdade de expressão. O futuro governo dependerá da habilidade de formar uma coalizão, especialmente com o peso dos pequenos partidos no cenário político.