A continuidade do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas está cercada de incertezas, com declarações de diversas partes indicando uma possível escalada no conflito. O líder do grupo Houthi, apoiado pelo Irã, anunciou ameaças de intensificar os ataques contra Israel caso o país retome os bombardeios em Gaza, destacando a tensão crescente na região. O grupo Houthi, que controla parte do Iémen, já havia atacado embarcações de Israel e outros países, justificando as ações como solidariedade a Gaza.
Enquanto isso, o Hamas adiou a libertação de reféns israelenses, que estava programada para o dia 15 de fevereiro, alegando violações do acordo por parte de Israel. A decisão foi justificada com base em bombardeios e outros ataques em áreas da Faixa de Gaza, além da falta de entrega de ajuda humanitária como havia sido acordado. O governo de Israel reagiu afirmando que o adiamento representa uma violação do cessar-fogo e alertou para o aumento da prontidão das forças armadas.
Em meio a essa tensão, a libertação de reféns israelenses continua sendo uma questão delicada. Três israelenses foram liberados pelo Hamas no último sábado, após dias de incerteza. Como parte do acordo, Israel liberou 183 prisioneiros palestinos, alguns deles condenados por crimes relacionados ao conflito. As negociações continuam sendo mediadas pela Cruz Vermelha, mas as ameaças de novos ataques e o adiamento dos compromissos por ambas as partes indicam que o futuro do cessar-fogo permanece incerto.