A relação entre os Estados Unidos e a China tem sido marcada por crescentes tensões, com o governo norte-americano adotando medidas para conter o avanço geopolítico da potência asiática. Entre os principais pontos de conflito estão as tarifas impostas sobre produtos chineses, com o objetivo de reduzir a dependência dos EUA da China, e o impacto do fentanil, uma droga sintética que tem causado uma crise de saúde pública nos Estados Unidos. O governo de Donald Trump também acusou a China de não tomar medidas suficientes para controlar o tráfico de substâncias como o fentanil, que são introduzidas no país e causam milhares de mortes anuais.
Além dos desafios econômicos, o campo da tecnologia se tornou um novo terreno de disputa. A recente ascensão de uma startup chinesa no mercado de inteligência artificial, com um modelo similar ao ChatGPT, gerou preocupações nos Estados Unidos sobre a competitividade de suas próprias tecnologias. A crescente presença de aplicativos como o TikTok, de propriedade da chinesa ByteDance, também levantou questões sobre segurança de dados, levando a medidas regulatórias para forçar a venda do aplicativo a uma empresa americana.
Essas disputas refletem uma estratégia mais ampla de negociação internacional do governo dos EUA, que, segundo analistas, adota uma abordagem de intimidação para pressionar outros países, incluindo a China, a se alinhar com os interesses norte-americanos. Em um cenário global cada vez mais polarizado, a política externa de Trump busca criar um novo sistema internacional mais favorável aos EUA, mesmo que isso signifique um aumento das tensões e uma reconfiguração das relações econômicas e políticas com potências globais.