O mercado da longevidade, avaliado em US$ 15 trilhões, tem se expandido rapidamente, com um aumento significativo de oportunidades ligadas à tecnologia e ao envelhecimento. A gerontóloga Keren Etkin, especializada na interseção entre inovação e envelhecimento, tem se destacado no setor com iniciativas como o site The Gerontechnologist e a empresa The Age Tech Academy. Segundo estudos, a adoção de tecnologias pode aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) de nações desenvolvidas em até US$ 5 trilhões, especialmente aproveitando a força de trabalho de pessoas com mais de 65 anos, uma faixa etária que se destaca cada vez mais no mercado de trabalho.
A tecnologia aplicada ao cuidado e suporte dos mais velhos, especialmente no caso de demências, representa uma área promissora. O número de pessoas com demência deverá triplicar nas próximas décadas, e o custo global com cuidados deve alcançar US$ 2,8 trilhões. Além disso, os cuidadores familiares, que já representam uma parte significativa da população, desempenham um papel vital no cuidado dos idosos, com um impacto econômico de aproximadamente US$ 500 bilhões, mesmo sem remuneração. Porém, a falta de inovação nesse segmento tem sido apontada como uma grande oportunidade desperdiçada.
Para o futuro, a expectativa é que as tecnologias como robôs autônomos se tornem cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, especialmente entre os idosos. Estudos apontam que, até 2030, 80% da população mundial interagirá com robôs em atividades diárias. Nesse contexto, o público mais velho, que tem se mostrado cada vez mais interessado em tecnologia, apresenta desafios como segurança e privacidade. Assim, surgem diversas oportunidades para inovar, seja no cuidado de pessoas com demência, na prevenção de fraudes ou no desenvolvimento de ferramentas financeiras específicas para essa faixa etária.