Um consórcio internacional, com a participação do Brasil, está desenvolvendo réplicas digitais de órgãos humanos para aprimorar a medicina. A iniciativa, chamada Gêmeos Digitais, usa a tecnologia para criar modelos tridimensionais de corações humanos, permitindo simulações e estudos de diferentes cenários de saúde. O projeto visa melhorar a precisão no tratamento de doenças cardíacas e a avaliação de performance física, como no caso de atletas, onde o coração digital pode revelar o limite de esforço físico de um corredor ou a resposta a medicamentos.
Em 2024, a atleta americana Des Linden foi a primeira pessoa a ter seu coração replicado digitalmente, com a tecnologia permitindo simulações detalhadas de como seu coração responde ao treinamento e ao esforço extremo. O estudo da réplica digital oferece insights sobre a capacidade física e pode até ajudar na personalização do treinamento e da medicina esportiva. No Brasil, o Instituto do Coração de São Paulo participa do projeto, utilizando os gêmeos digitais para tratamentos médicos complexos, como cirurgias e implantes cardíacos.
A tecnologia tem o potencial de transformar a medicina, oferecendo uma abordagem mais segura e assertiva em tratamentos cardíacos. Com a simulação de operações e o ajuste preciso de medicamentos, os profissionais podem melhorar a eficácia dos tratamentos e a segurança das intervenções. O uso de gêmeos digitais está sendo visto como uma ferramenta crucial para garantir decisões mais informadas e eficazes no cuidado com a saúde cardíaca no futuro.