O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma auditoria para investigar um rombo de R$ 14 bilhões no Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). A auditoria busca entender as estratégias adotadas pela fundação para mitigar a volatilidade dos investimentos e proteger seus recursos. Os auditores questionaram, entre outros pontos, as decisões do presidente da Previ e a governança corporativa da entidade. A Previ, por sua vez, alegou que, apesar da volatilidade em 2024, os planos continuam equilibrados, destacando os bons resultados de 2023.
Além da auditoria, o TCU recebeu uma representação pedindo o afastamento do presidente da Previ. O pedido, feito por um deputado, está sendo analisado por outro ministro do tribunal. A Previ tem se defendido das críticas, alegando que as perdas de 2024 foram resultado de circunstâncias excepcionais e que o equilíbrio dos planos foi mantido, não havendo risco de contribuição extraordinária por parte dos associados ou do Banco do Brasil. A fundação também tem sido questionada sobre sua concentração de investimentos em ações da Vale, que sofreu quedas significativas no último ano.
A investigação também envolve a estratégia de investimento da Previ, com foco na exposição a ativos de renda variável, que resultaram em perdas. Questões como a falta de proteção contra a volatilidade do mercado e a concentração de investimentos em setores específicos estão sendo analisadas. O TCU visa identificar riscos e aprimorar os processos de tomada de decisão, buscando maior transparência e segurança nos investimentos da Previ, a maior fundação de previdência complementar do Brasil.