O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a realização de uma auditoria nas contas da Previ, o maior fundo de previdência complementar do Brasil, após a divulgação de um déficit de R$ 14 bilhões nos investimentos realizados entre janeiro e novembro de 2024. O pedido de auditoria foi feito pelo ministro Walton Alencar, que considerou a situação alarmante, dada a magnitude da perda e os riscos envolvidos para o cumprimento das obrigações do fundo. O TCU já havia investigado supostas irregularidades na gestão da Previ em 2024, mas a representação foi arquivada por falta de provas.
Apesar do déficit registrado no ano passado, a Previ informou que o desempenho acumulado, levando em consideração os resultados de anos anteriores, ainda foi superavitário em R$ 528 milhões até novembro de 2024. A entidade destacou sua solidez, ressaltando o pagamento de mais de R$ 16 bilhões em benefícios anuais, sem a necessidade de contribuições extraordinárias. A Previ também enfatizou que as oscilações financeiras fazem parte dos riscos naturais do mercado e que tais flutuações não representam prejuízos definitivos, sendo monitoradas tanto internamente quanto externamente pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
Os investimentos da Previ, que somam quase R$ 230 bilhões, são diversificados, incluindo renda fixa, ações e investimentos no exterior. A Previ afirma que seus resultados podem variar conforme o cenário econômico, com o desempenho das aplicações influenciado pelas condições do mercado financeiro. A fiscalização do fundo é de responsabilidade da Previc, que tem acompanhado as flutuações e os resultados dos investimentos da entidade.