As taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) de curto prazo apresentaram uma leve queda na segunda-feira, refletindo o enfraquecimento do dólar frente ao real. No entanto, as taxas de contratos mais longos subiram, com destaque para o DI para janeiro de 2031, que registrou alta. Essa movimentação ocorreu em meio a um clima de cautela no mercado, em resposta às novas ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas adicionais sobre produtos de outros países, o que inicialmente pressionou o dólar.
A iminente imposição de tarifas pelo governo dos EUA gerou incertezas no mercado, mas o impacto foi reduzido ao longo do dia, com o dólar recuando e as taxas de curto prazo, como a de janeiro de 2026, caindo. Além disso, a expectativa de novos dados econômicos, como o índice de inflação (IPCA) de janeiro, e a divulgação de novas projeções do Banco Central, com uma leve piora nas estimativas de inflação, também influenciaram os preços dos ativos.
Apesar do cenário de volatilidade externa, o mercado de juros brasileiros parece seguir uma tendência de acomodação, com os investidores ajustando suas expectativas para uma possível elevação da taxa Selic em março. O mercado está atento às possíveis mudanças nas políticas monetárias, com grande atenção voltada para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) nos próximos meses. A redução na liquidez e o comportamento do mercado de Treasuries nos EUA também contribuíram para um movimento mais cauteloso nos mercados financeiros globais.