As taxas de juros futuras no Brasil caíram significativamente na segunda-feira, após a divulgação de dados do Banco Central que indicam uma queda na atividade econômica em dezembro. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), registrou uma redução de 0,7% em dezembro, pior do que as previsões do mercado. Esse desempenho reforça as expectativas de desaceleração da economia brasileira, que já vêm sendo observadas com outros indicadores, como dados do varejo e serviços.
A diminuição nas taxas de juros também reflete a percepção de que a inflação está sob controle, à medida que a desaceleração econômica diminui a pressão sobre os preços. Contudo, a projeção para a inflação de 2025 e 2026 continua acima da meta do Banco Central, o que indica que as autoridades seguem cautelosas quanto à possibilidade de um alívio mais rápido nas taxas de juros. O mercado também precifica uma probabilidade elevada de um novo aumento na Selic em março, embora as especulações para maio indiquem uma possível elevação menor.
Apesar da queda das taxas de juros, os economistas continuam monitorando os dados econômicos, com destaque para as previsões do crescimento do PIB, que devem ser mais modestas nos próximos anos. O governo federal reconhece a desaceleração, mas acredita que 2025 ainda apresentará um crescimento mais baixo em comparação com os anos anteriores. As autoridades do Banco Central mantêm uma postura cautelosa, aguardando mais dados para avaliar se essa desaceleração é uma tendência duradoura ou apenas um momento pontual.