O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma possível taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, o que pode afetar diretamente a produção desses setores no Brasil. Em 2022, os EUA foram responsáveis por quase metade das exportações de aço brasileiras, e o Canadá lidera as compras de alumínio. Embora a taxação tenha potencial para prejudicar esses setores no Brasil, especialistas avaliam que o impacto sobre a economia nacional será limitado, com alternativas como o aumento do consumo interno de aço e o redirecionamento das exportações.
Os analistas destacam que a dependência brasileira em relação ao mercado americano não é tão grande quanto a de países como México e Canadá, o que pode minimizar os efeitos negativos. Mesmo assim, caso a produção nos setores de aço e alumínio seja reduzida, haverá impacto econômico, com possíveis quedas na produção, no emprego e na balança comercial. A redução no comércio com os Estados Unidos pode afetar também os fluxos com o Canadá, principal comprador do alumínio brasileiro.
O governo brasileiro ainda aguarda a confirmação da taxação para se posicionar oficialmente. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou que o Brasil poderia adotar uma medida de reciprocidade, aumentando tarifas sobre produtos estadunidenses. Analistas apontam que a imposição das tarifas por Trump visa proteger o mercado americano, mas poderá ter efeitos negativos para a economia dos EUA, além de gerar tensões no comércio internacional e retaliações por parte de outros países, incluindo o Brasil.