A taxa de desemprego no Brasil registrou uma alta de 6,2% para 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, conforme dados divulgados pelo IBGE. Embora o índice tenha subido, ele ainda representa o menor valor registrado para esse período desde o início da série histórica do instituto em 2012. A variação é atribuída, em parte, ao término de contratos temporários e a uma redução de servidores públicos, especialmente devido à troca de administrações municipais em 2025.
Apesar do aumento da taxa, o número de pessoas desocupadas no país ainda permanece abaixo de 2024, com 7,2 milhões de desempregados. Isso representa uma alta de 5,3% em relação ao trimestre anterior, mas uma queda significativa em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a população desocupada somava 8,3 milhões. Economistas destacam que, embora o início do ano seja uma época comum para demissões, há sinais de que o mercado de trabalho pode estar perdendo tração.
No entanto, o rendimento médio dos trabalhadores no país atingiu um valor recorde, de R$ 3.343 mensais, com um crescimento de 1,4% em relação ao trimestre anterior. Esse aumento no rendimento, mesmo com a queda no número de ocupados, pode manter o consumo das famílias em níveis elevados, pressionando a inflação. A força de trabalho subutilizada, que inclui pessoas que poderiam estar trabalhando mais horas ou que se encontram fora da força de trabalho potencial, também permanece alta, com 18,1 milhões de brasileiros em situação de subutilização.