O Brasil pode enfrentar uma diminuição na produção de aço devido à imposição de tarifas de 25% anunciadas por Donald Trump, o que afetaria tanto o mercado brasileiro quanto a relação comercial entre os dois países. Os Estados Unidos representam quase metade das exportações brasileiras de aço, e a alta das tarifas pode gerar impactos significativos, como o aumento da ociosidade da indústria brasileira, redução de lucros e menor capacidade de investimento. A expectativa é que, com a queda nas exportações, o Brasil passe a importar menos carvão dos Estados Unidos, o que pode afetar a economia em ambos os países.
A produção de aço, fundamental para a indústria brasileira, depende do minério de ferro e do carvão mineral. No entanto, a implementação de uma tarifa uniforme pode desorganizar as cadeias produtivas e gerar dificuldades no ajuste da indústria siderúrgica, que já enfrentaria desafios para substituir o mercado americano. Especialistas alertam que essas medidas comprometeriam a produção e os contratos previamente firmados, resultando em uma queda na capacidade de crescimento do setor e afetando outros segmentos da indústria nacional.
Embora a situação pareça negativa para o Brasil, há uma perspectiva de que negociações entre os dois países possam mitigar os impactos econômicos. Em um cenário semelhante no passado, o Brasil e os Estados Unidos chegaram a um acordo para regular as exportações, e especialistas acreditam que isso possa acontecer novamente. A necessidade de negociações técnicas, sem envolvimento político, pode ser crucial para evitar prejuízos mútuos e garantir a continuidade do comércio internacional.