A Suzano registrou um prejuízo líquido de R$ 6,7 bilhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 4,5 bilhões obtido no mesmo período de 2023. O impacto foi causado principalmente pela variação cambial da dívida e operações de hedge em moeda estrangeira, embora os efeitos em caixa só sejam sentidos em vencimentos futuros. A perda foi superior à média das expectativas de analistas, que previam um prejuízo de R$ 4,9 bilhões.
Apesar do prejuízo, a empresa apresentou resultados positivos em outros aspectos. O Ebitda ajustado foi de quase R$ 6,5 bilhões, com um aumento de 44% em comparação com o mesmo período de 2023, superando a estimativa de analistas que esperavam R$ 6,3 bilhões. Esse desempenho foi impulsionado pela valorização do dólar e pelo aumento das vendas de celulose e papel, embora o custo do produto vendido, paradas programadas e maiores despesas logísticas tenham impactado negativamente.
A receita líquida da Suzano no quarto trimestre cresceu 37% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 14,2 bilhões. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento nas vendas de celulose, que subiram 19%, e pelas vendas de papel, que cresceram 11%. As vendas de celulose se beneficiaram principalmente do aumento das exportações para a Ásia e América do Norte, enquanto o aumento na demanda por papel foi auxiliado pela melhora da economia e pelo programa de livros didáticos do governo.