O Ministério Público do Pará está investigando suspeitas de desvio de recursos públicos envolvendo o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (IASEP), que teria sido utilizado para superfaturamento de serviços médicos em um hospital local. A unidade, que prestava atendimento a servidores estaduais, foi comprada em 2021 por um médico e seu sócio. A investigação aponta que o hospital cobrava preços exorbitantes por produtos e serviços básicos, como agulhas, e que os valores desviados já superam os R$ 261 milhões.
Além disso, o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, está sendo investigado por acumular um patrimônio que não condiz com suas declarações à justiça eleitoral. Em apenas quatro anos, seu patrimônio saltou de pouco mais de R$ 2 milhões para quase R$ 5 milhões, excluindo investimentos em fazendas e aeronaves de alto valor. Esse aumento expressivo foi acompanhado por a aquisição de várias propriedades no interior do estado, incluindo quatro fazendas, além de dois aviões, ambos comprados recentemente por valores milionários.
As investigações também indicam que o crescimento patrimonial de Santos pode estar relacionado a práticas ilícitas, como a omissão de bens e a utilização de recursos públicos para fins privados. O caso gerou repercussão após a tentativa de coação de um repórter da Record TV, que apurava informações sobre o caso. Especialistas indicam que as omissões nas declarações de bens podem resultar em consequências legais, incluindo a possível perda do cargo público do prefeito.