Na província de Equateur, no norte da República Democrática do Congo, um surto de doenças misteriosas tem causado um aumento significativo no número de casos e mortes desde o início do ano. Crianças faleceram em menos de 48 horas após consumir carne de morcego, e outras mortes foram confirmadas nas últimas semanas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem monitorado a situação e intensificado a investigação para identificar a origem do surto. Embora os testes iniciais tenham descartado infecções por Ebola e Marburg, a doença continua sem diagnóstico definitivo.
Em regiões como Basankusu e Bolomba, 1.096 casos foram registrados, com 60 óbitos confirmados. Os sintomas observados incluem febre, dor de cabeça, calafrios, sangramentos e diarreia. Para conter a propagação da doença, a OMS, em parceria com as autoridades locais, está mobilizando mais de 80 agentes comunitários de saúde e fornecendo tratamento para doenças comuns, como malária e febre tifoide. A infraestrutura limitada e a localização remota das áreas afetadas dificultam a resposta eficaz à crise.
Além da investigação epidemiológica, a OMS enviou kits de testagem e materiais médicos para a região. A análise de amostras indicou uma prevalência de malária, mas novos exames estão sendo realizados para investigar outras possíveis causas, incluindo meningite e contaminação por alimentos e água. A situação é particularmente desafiadora devido ao isolamento das áreas afetadas, que dificultam o acesso à assistência e aos recursos necessários para o controle da crise.