O debate sobre a moralidade da gestação de substituição foi reacendido por uma polêmica gerada por uma postagem no Instagram de uma atriz, que compartilhou uma foto de sua filha recém-nascida com a legenda agradecendo à “incrível gestante substituta” que a ajudou. A postagem dividiu opiniões, com defensores do uso de barrigas de aluguel citando casos de infertilidade, enquanto críticos levantaram questões sobre a utilização da prática por motivos como preservação da estética, manutenção da carreira ou simplesmente pela capacidade financeira de pagar por esse serviço.
Essa divisão de opiniões se expandiu para um outro ponto de debate: a justificativa moral para recorrer a uma gestação de substituição. Para alguns, a única justificativa aceitável seria a infertilidade ou a impossibilidade física de gerar um filho. Outros, no entanto, veem com restrição o uso de barrigas de aluguel por aqueles que buscam evitar as dificuldades associadas à gravidez, como alterações no corpo ou o impacto no trabalho, quando têm os recursos financeiros para “externalizar” esse processo.
A discussão se intensificou porque expõe um dilema ético mais amplo sobre as razões pelas quais a gestação de substituição deve ser permitida ou questionada. A questão central gira em torno do que é considerado um motivo “legítimo” para recorrer a essa prática e se ela deveria ser restringida a casos de necessidade médica ou permitir a escolha pessoal para quem tem condições econômicas.