O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu temporariamente a investigação da Polícia Federal sobre suspeitas de desvios na gestão da saúde do estado de Goiás, durante o mandato do ex-governador. A decisão, que ainda precisa ser analisada de forma mais aprofundada, leva em conta a prerrogativa de foro do ex-governador, que, segundo a avaliação do ministro, deve ser respeitada. A defesa de Perillo argumenta que a decisão busca proteger os direitos do cliente, negando qualquer irregularidade em sua administração.
A investigação, parte da Operação Panaceia, envolveu buscas em endereços relacionados ao ex-governador, com foco em possíveis desvios financeiros no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin). A Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal identificaram suspeitas de contratos fraudulentos com empresas ligadas a aliados do ex-governador, supostamente para o repasse de propinas, envolvendo mais de R$ 900 milhões. Contudo, ainda não há provas conclusivas sobre as acusações.
O ex-governador se declara inocente e argumenta que a operação foi motivada por questões políticas com o atual governador de Goiás, seu desafeto. A defesa alega também que a investigação já ultrapassou o prazo razoável sem apresentar evidências contra ele. A decisão do STF segue a linha de um entendimento recente sobre o foro privilegiado, que agora se aplica mesmo após o término do mandato de um político ou autoridade.