O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) avalie a necessidade de manter a apreensão dos bens de um tenente-coronel preso desde novembro de 2022, acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. A defesa do militar solicitou a devolução de seus bens, incluindo um celular apreendido no início do ano passado, alegando que o tempo decorrido desde a apreensão tornou injustificada sua retenção.
Em despacho recente, Moraes estipulou um prazo de cinco dias para que a PF avalie a solicitação e, após sua análise, os autos serão enviados à Procuradoria-Geral da República (PGR) para manifestação em outros cinco dias. A decisão segue em um momento em que o militar ainda se encontra preso por suspeitas relacionadas à tentativa de subversão do governo eleito, que teria envolvido, entre outros, oficiais de alta patente das Forças Armadas.
A apreensão do celular foi um marco na investigação, pois os dados extraídos do dispositivo indicaram que o tenente-coronel utilizava documentos de terceiros para realizar comunicações com outros envolvidos no suposto planejamento golpista. Além disso, arquivos relacionados a um acidente de trânsito envolvendo o militar e outro cidadão foram também parte das evidências coletadas, com o objetivo de acionar uma seguradora.