O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, rejeitou nesta sexta-feira (28) os pedidos de impedimento contra os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin para julgar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A defesa de Bolsonaro alegava que os ministros estavam em situações que poderiam comprometer a imparcialidade no julgamento, sendo que a acusação envolve uma trama golpista. O pedido de impedimento de Moraes, especificamente, foi feito pela defesa do general Braga Netto, que mencionou uma possível tentativa de homicídio contra o ministro.
A defesa apontou que Flávio Dino, ao ter atuado contra Bolsonaro enquanto ministro da Justiça, não poderia julgar o caso, assim como Zanin, por sua atuação como advogado de Luiz Inácio Lula da Silva. No caso de Moraes, a alegação era de que ele teria sido alvo de um plano golpista, o que, segundo os advogados, afetaria sua imparcialidade. No entanto, Barroso argumentou que essas situações não são suficientes para justificar o impedimento dos ministros, destacando que a acusação de tentativa de homicídio não configura automaticamente suspeição no julgamento.
As ações de impedimento foram solicitadas, pois os ministros fazem parte da Primeira Turma do STF, colegiado responsável por julgar a denúncia contra Bolsonaro. Caso a maioria dos ministros da turma aceite a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados se tornarão réus, e o processo seguirá para uma ação penal. O julgamento ainda não tem data definida, mas o caso pode ser analisado no primeiro semestre de 2025, conforme os trâmites legais.