O decano do STF, ministro Gilmar Mendes, comentou sobre os pedidos de suspeição que têm sido feitos para impedir a participação de ministros na análise da denúncia da Procuradoria Geral da República contra o ex-presidente. Mendes afirmou que, na sua visão, tais pedidos não terão sucesso, pois não há fundamento para questionar a imparcialidade dos ministros. Ele ressaltou ainda que, se os pedidos de suspeição fossem aceitos com frequência, o número de juízes disponíveis para julgar casos poderia diminuir, prejudicando o funcionamento da Corte.
Na mesma tarde, a defesa do ex-presidente apresentou pedidos de suspeição contra dois ministros, alegando que suas atuações passadas poderiam comprometer a imparcialidade. O principal argumento contra um dos ministros é uma queixa-crime feita em 2021, enquanto o outro foi citado por já ter se declarado impedido em um caso relacionado à inelegibilidade do ex-presidente. Ambos os pedidos foram encaminhados ao presidente do STF, que é responsável pela análise de tais questões.
O ministro Gilmar Mendes também se referiu a um pedido similar de suspeição contra outro integrante da Corte, afirmando que ele havia sido alvo de investigações justamente por ser relator de um inquérito sobre a tentativa de golpe. Segundo Mendes, se a suspeição fosse aceita nesse contexto, poderia abrir um precedente perigoso, permitindo que ataques contra membros do Supremo levassem a uma judicialização excessiva dessas questões.