A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, suspender o processo que investigava o ex-governador de Goiás, que era alvo de apuração sobre desvios de recursos públicos na área da saúde entre 2012 e 2018, período em que esteve no cargo. A decisão foi tomada com base na mudança de entendimento do STF sobre o foro por prerrogativa de função, que garantiu a suspensão até a conclusão da apuração. O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, destacou a necessidade de garantir a integridade da investigação.
O ex-governador comemorou a decisão e reafirmou sua posição de que a investigação era sem fundamento. Segundo ele, a medida restabeleceu a verdade e mostrou a atuação rápida e firme do STF em proteger a justiça de possíveis interesses políticos. O processo em questão tramita na 11ª Vara Criminal Federal de Goiás, após o término do mandato do investigado.
A investigação foi motivada por uma operação das forças de segurança que apurava um esquema de desvio de recursos públicos envolvendo subcontratação de empresas vinculadas a políticos e gestores de uma ONG. A operação resultou em mandados de busca e apreensão, bloqueio de bens e a emissão de alertas sobre possíveis crimes relacionados à administração pública. O ex-governador negou qualquer envolvimento e afirmou que estava sendo alvo de uma perseguição política.