Nesta quarta-feira (26), ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para discutir estratégias de combate ao crime organizado, especialmente em relação à segurança pública no Rio de Janeiro. O encontro foi promovido pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e incluiu o ministro Edson Fachin, relator de um processo que avalia a letalidade das operações policiais, o ADPF das Favelas. A reunião visa fornecer subsídios para a decisão final do julgamento, focando na necessidade de equilibrar a proteção dos direitos constitucionais e a segurança da população.
O caso, conhecido como ADPF das Favelas, está sendo analisado pelo STF desde 2019 e discute a conduta da Polícia Militar nas operações contra o crime organizado nas favelas do Rio de Janeiro. Durante o julgamento, Fachin já reafirmou algumas medidas para mitigar os impactos dessas operações, como a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais e a comunicação prévia das operações para proteger escolas e unidades de saúde. A Corte busca formas de reduzir a letalidade das ações, ao mesmo tempo em que considera as necessidades urgentes de segurança.
A decisão do STF também enfrenta críticas de autoridades locais, como o prefeito e o governador do Rio de Janeiro, que expressaram preocupações sobre o impacto dessas medidas no enfrentamento do crime. A Corte está avaliando todos os aspectos dessa complexa questão e deverá retomar o julgamento no próximo mês, com o objetivo de encontrar soluções que atendam às demandas por mais segurança sem comprometer os direitos da população.