O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da decisão do ministro Gilmar Mendes, determinou que a investigação sobre o desvio de emendas parlamentares no Ceará seja conduzida pela Corte. A decisão fortalece as suspeitas sobre a participação de um deputado federal no suposto esquema de corrupção. O STF é a instância competente para investigar parlamentares, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a manutenção do caso na Corte, argumentando que a separação da investigação poderia prejudicar o entendimento global do caso.
A denúncia que originou a investigação foi feita pela ex-prefeita de Canindé, que apontou que o desvio de emendas federais teria atingido ao menos 51 municípios no Ceará. A Polícia Federal apontou que o operador do esquema seria uma pessoa foragida, que teria atuado na negociação de emendas em troca de comissões, e que a operação visava consolidar apoio político e ampliar a base eleitoral. A Polícia Federal também alegou que o envolvimento de um parlamentar federal nos desvios era um fator chave para a continuidade da investigação na instância superior.
Além de autorizar a tramitação do caso no STF, Gilmar Mendes ordenou que a Polícia Federal entregue, em até 15 dias, um relatório parcial sobre o andamento da investigação, com detalhes sobre as provas reunidas e as diligências ainda pendentes. O caso envolve sérias acusações de corrupção, e o andamento da investigação é de interesse público, com acompanhamento das autoridades competentes.