O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, viajará a Washington para discutir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a necessidade de garantias de segurança para um possível cessar-fogo na Ucrânia. O Reino Unido e a França lideram uma proposta para enviar tropas europeias ao país, caso os combates cessem, mas Starmer busca um compromisso dos EUA para fornecer cobertura aérea e apoio logístico, evitando novas agressões russas no futuro. Apesar da resistência do governo Trump ao envio de tropas americanas, o premiê britânico tentará articular um acordo sem confrontar diretamente o presidente dos EUA.
Além da questão ucraniana, a visita também abordará temas sensíveis, como as novas tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio impostas por Trump, que afetam interesses britânicos. Outro ponto de tensão é a intenção de Londres de transferir o controle do arquipélago de Chagos para as Ilhas Maurício, o que pode gerar reações devido à presença de uma base militar estratégica dos EUA e do Reino Unido na região. Starmer, que busca equilibrar as relações com Washington e os aliados europeus, enfrentará o desafio de negociar esses temas sem comprometer as relações bilaterais.
Embora tenha evitado confrontar Trump publicamente, o primeiro-ministro britânico recentemente declarou apoio ao presidente ucraniano Volodimir Zelensky, após Trump chamá-lo de ditador. O líder americano criticou tanto Starmer quanto o presidente francês, Emmanuel Macron, por, segundo ele, não fazerem o suficiente para encerrar a guerra na Ucrânia. Apesar dessas diferenças, Starmer espera se posicionar como um mediador entre os Estados Unidos e a Europa, reforçando a importância de um esforço conjunto para garantir a estabilidade na região.