A agência S&P Global Ratings manteve o rating de crédito de longo prazo da Argentina em CCC, com perspectiva estável, e reiterou sua classificação de curto prazo em C. A classificação de transferência e conversibilidade foi elevada de CCC para B-, refletindo uma leve melhora nas condições econômicas do país. No entanto, a agência destaca que o perfil fiscal argentino ainda é considerado frágil, apesar das recentes reformas promovidas pelo presidente Javier Milei, que visam controlar a inflação e reduzir o déficit fiscal.
A S&P também chamou a atenção para os desafios enfrentados pela Argentina, como a falta de acesso ao financiamento externo e a baixa flexibilidade da política monetária, fatores que limitam a capacidade do país de implementar reformas significativas. A agência alertou que, caso esses fatores negativos se agravem, o rating da Argentina poderá ser rebaixado nos próximos 12 meses, o que aumentaria ainda mais as dificuldades de acesso ao capital internacional.
Por outro lado, a S&P indicou que a perspectiva de um aumento na nota de crédito da Argentina é possível caso haja avanços substanciais nas reformas econômicas. A melhoria na gestão da inflação e da taxa de câmbio poderia estabelecer um ambiente de maior estabilidade econômica, o que seria crucial para um crescimento sustentado a longo prazo.