A Southwest Airlines anunciou na segunda-feira (17) que realizará cortes de 15% em sua força de trabalho corporativa, afetando cerca de 1.750 funcionários. Esta é a primeira vez na história da companhia que ocorre uma demissão em massa. Os cortes começarão em abril e incluirão também a eliminação de cargos de liderança sênior, como vice-presidentes e posições superiores. A medida é parte de uma estratégia para reduzir custos e melhorar a eficiência operacional, com a empresa estimando uma economia de US$ 210 milhões neste ano e US$ 300 milhões em 2026, apesar de esperar uma despesa única de até US$ 80 milhões com indenizações.
A empresa enfrenta desafios financeiros e operacionais, com investidores pressionando por mudanças. No último ano, as ações da companhia sofreram uma queda significativa, e a Southwest se viu obrigada a adotar medidas como o ajuste na política de assentos, revertendo o sistema de assentos abertos para assentos atribuídos, o que possibilita a cobrança de tarifas mais altas por assentos premium. Além disso, a companhia sofreu um grande revés em 2022, quando a falha de seu software de agendamento causou o cancelamento de 16.700 voos durante a movimentada temporada de festas de fim de ano, exacerbando sua crise financeira.
O CEO Bob Jordan, que assumiu recentemente, mencionou a importância de transformar a empresa com foco na redução de custos e no aumento da eficiência. A Southwest, que antes se orgulhava de nunca ter realizado demissões, está passando por uma reformulação significativa, não apenas na área de liderança, mas também em seus processos operacionais, com a expectativa de melhorar o desempenho no futuro e lidar com as pressões do mercado aéreo.