O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas sobretaxas de 25% sobre as importações de aço e alumínio de todas as origens, incluindo o Brasil, com previsão de implementação a partir de 12 de março. A medida, justificada por questões de segurança pública, deve impactar significativamente as exportações brasileiras desses produtos, além de gerar efeitos colaterais nas compras brasileiras de produtos acabados dos EUA. A Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) alertou para as possíveis consequências dessa ação para o comércio bilateral entre os dois países.
Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 5,7 bilhões em aço e ferro para os Estados Unidos, representando uma parte significativa das exportações brasileiras desses produtos. No entanto, as novas tarifas podem reduzir essas vendas, afetando negativamente a indústria brasileira. Além disso, o Brasil importa materiais essenciais para a produção de aço, como carvão siderúrgico, e bens fabricados com aço nos EUA, como máquinas e peças automotivas, o que também pode ser prejudicado pelas tarifas.
A Amcham destacou que, apesar do impacto direto nas exportações brasileiras, o comércio entre os dois países tem registrado bons resultados, com um superávit significativo para os Estados Unidos. O Brasil, por sua vez, tem um histórico de negociação sólida, o que pode facilitar a busca por uma solução que preserve o comércio bilateral. A associação expressou a esperança de que ambas as nações possam chegar a um acordo para minimizar os danos econômicos.