No dia 30 de janeiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos ordenou a remoção de documentos relacionados à crise climática de seu site oficial, um movimento que foi seguido no dia seguinte pelo Serviço Florestal. A medida incluiu a retirada de páginas focadas em mudanças climáticas, que agora serão revisadas e organizadas em planilhas para um exame posterior. A decisão remonta a práticas semelhantes do governo anterior, quando mais de 200 páginas sobre o tema foram retiradas durante o mandato de Donald Trump.
A retirada afeta diversos programas, como o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa no setor agrícola e a 5ª Avaliação Climática Nacional, que analisa os impactos das mudanças climáticas nos Estados Unidos. A ação gerou críticas, com especialistas apontando que essa supressão de informações pode prejudicar a transparência e o acesso público a dados científicos cruciais para o combate à crise climática. A questão também se insere em um contexto mais amplo de preocupações sobre a liberdade de informação e seu impacto na democracia.
O movimento da Casa Branca de reverter a disponibilização desses conteúdos se soma ao contexto de iniciativas globais de combate às mudanças climáticas, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente o ODS 13, que trata da Ação Contra a Mudança Global do Clima. A retirada de informações de caráter científico pode comprometer o engajamento e o planejamento necessários para mitigar os efeitos do aquecimento global e suas consequências para o futuro do planeta.