O sistema prisional britânico enfrenta uma grave crise, com condições desumanas que têm levado até outros países a se recusarem a extraditar criminosos para o Reino Unido. Relatórios recentes indicam que algumas prisões britânicas estão em situação alarmante, com problemas estruturais e de higiene, a ponto de causar preocupações internacionais sobre os direitos humanos. Isso revela um contraste com a imagem tradicionalmente associada ao país, que se via como um modelo em questões de justiça penal.
Testemunhos de funcionários prisionais revelam uma realidade caótica dentro das unidades, com salas inundadas pelo cheiro de urina de roedores, câmeras de vigilância quebradas, e pisos deteriorados que representam riscos de queda. Problemas de saúde como legionela também persistem, e em algumas prisões, questões como a falta de aquecimento nas cozinhas por oito anos e a ausência de água quente desde 2022 tornam o ambiente ainda mais insuportável para os internos e trabalhadores.
A situação tem levado ao desgaste dos profissionais que trabalham nas prisões, com muitos deixando suas funções devido às condições precárias. O cenário atual sugere que, em vez de promover a reabilitação, o sistema prisional britânico está reforçando um ciclo de reincidência, ao mesmo tempo em que penaliza os próprios funcionários e a população carcerária.