O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) contestou, na noite de segunda-feira (17), uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que o povo seria “assaltado” pelos intermediários no preço dos combustíveis. O presidente sugeriu que a Petrobras tomasse medidas para reduzir os preços, como a venda direta ao consumidor, e responsabilizou os intermediários e os impostos estaduais pelo aumento dos preços.
Em resposta, o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, afirmou que a fala do presidente não reconhece a complexidade da cadeia de distribuição de combustíveis. Ele destacou que os postos de gasolina são obrigados por lei a comprar combustíveis de distribuidores, que repassam os custos derivados de tributos, transporte e margens das distribuidoras, além das flutuações de mercado.
O sindicato também lembrou que a Petrobras, como fornecedora do setor, não deve ser responsabilizada por todas as variações nos preços, já que os consumidores não têm informações claras sobre o impacto de cada componente nos custos finais. Além disso, o Sincopetro destacou os esforços do setor em amenizar os impactos dos aumentos ao consumidor, citando dados da Agência Nacional do Petróleo.