O Sinagências, sindicato que representa servidores das agências reguladoras, publicou uma carta em 11 de fevereiro de 2024 manifestando-se contra a indicação de Larissa de Oliveira Rêgo para a diretoria colegiada da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). O sindicato levanta preocupações sobre as ligações de Larissa com figuras associadas a posições políticas de extrema-direita, questionando sua adequação para o cargo. A carta destaca sua atuação como assessora técnica de um ex-ministro durante o governo Temer e sua proximidade com outras figuras políticas do setor ruralista, conhecidos por suas posições controversas sobre a reforma agrária.
Além das questões políticas, o Sinagências também aponta que Larissa pode não atender aos requisitos técnicos exigidos pela legislação para cargos na direção das agências reguladoras. De acordo com a Lei 13.848/2019, é necessário um histórico de experiência em áreas relacionadas à atuação da agência, seja no setor público ou privado, como profissional liberal ou em cargos de chefia. O sindicato enfatiza que Larissa não apresenta a experiência técnica necessária para a função na ANA, que regula setores críticos como o saneamento básico e os recursos hídricos no Brasil.
A ANA e Larissa Rêgo não se manifestaram publicamente até a data da publicação do texto. A carta do Sinagências trouxe à tona um debate sobre a qualificação técnica e as implicações políticas das nomeações para agências reguladoras, colocando em questão a adequação de certos perfis para cargos de grande importância regulatória e de governança no Brasil. A opinião pública e o Congresso Nacional, responsável por sabatinar a indicação, agora aguardam mais desdobramentos sobre o caso.