Neste sábado (1º), o Senado e a Câmara dos Deputados realizam eleições para a escolha dos presidentes das duas Casas do Congresso Nacional, com votação secreta conforme a Constituição. No Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é o favorito para assumir a presidência novamente, cargo que ocupou entre 2019 e 2021. Ele conta com uma ampla base de apoio, com 76 senadores favoráveis à sua candidatura, o que garante a ele um forte respaldo para conquistar o cargo. Alcolumbre é visto como um moderador, buscando equilibrar os interesses do Executivo e do Legislativo, embora enfrente desafios relacionados à distribuição de emendas.
Na disputa pela presidência da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) também é o principal favorito. Com 35 anos, ele pode se tornar o presidente mais jovem da Casa. Sua candidatura tem o apoio de 18 partidos e conta com a aprovação de Arthur Lira, atual presidente, o que reforça suas chances. Motta promete atuar com um foco em diálogo e equilíbrio entre a base governista e a oposição, além de buscar maior previsibilidade nas votações e fortalecer o poder dos deputados. Sua candidatura representa a continuidade da influência do Centrão no Congresso.
Outros candidatos à presidência do Senado e da Câmara enfrentam dificuldades significativas em consolidar apoio. Marcos Pontes (PL-SP) e Marcos do Val (Podemos-ES) no Senado, e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS) na Câmara, apresentam propostas alternativas, mas suas chances de sucesso são vistas como limitadas diante das grandes alianças já formadas por seus concorrentes. Essas candidaturas refletem a diversidade de perspectivas dentro do Congresso, mas o favoritismo nas duas Casas parece ser claro para os principais nomes.