O Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em Goiás, está no centro de uma investigação envolvendo denúncias de abuso sexual por parte de servidores da saúde e policiais penais contra detentas. Segundo relatos, o abuso ocorria no posto de saúde da prisão, onde uma das presas, grávida, declarou que o bebê era do enfermeiro envolvido. Outros depoimentos apontaram relações com o profissional de saúde em diversas ocasiões, além de suspeitas envolvendo médicos e policiais. A denúncia foi recebida pela Polícia Penal no início de janeiro de 2025, o que levou a uma sindicância para apurar os fatos.
Os profissionais envolvidos foram afastados de suas funções e estão sendo investigados. O enfermeiro e o médico tiveram seus contratos encerrados pela prefeitura, e os policiais penais também foram afastados por prazos determinados. A investigação está em andamento, com a colaboração das autoridades competentes para garantir a apuração completa das denúncias. A Polícia Penal destacou que qualquer conduta que fira a integridade física e moral das pessoas será tratada com rigor, reafirmando seu compromisso com a justiça e a ética.
Entidades de classe como o Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) também estão monitorando o caso. Ambas as instituições reiteraram a necessidade de uma apuração ética e responsável, considerando a violação de direitos humanos e a dignidade das pessoas privadas de liberdade. A investigação continua sob sigilo, com foco em responsabilizar os envolvidos de forma adequada e preservar os direitos de todos.