A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 8 de janeiro, reagiu às declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que negou a caracterização dos eventos de janeiro de 2023 como uma tentativa de golpe. Em suas redes sociais, Gama afirmou que, após meses de investigação, documentos e depoimentos, ficou claro que houve uma tentativa de golpe, e que o responsável por liderar os ataques foi identificado.
O líder do PT na Câmara, Lindberg Farias, também se alinhou à posição de Gama, destacando que a ação de 8 de janeiro foi uma tentativa premeditada e que, apesar de a trama não ter sido aceita pelos comandos militares, o objetivo era que o presidente da República decretasse uma GLO. Em resposta a Motta, que considerou os atos como ações de “vândalos e baderneiros”, Farias reforçou que a operação tinha um planejamento estratégico.
O relatório final da CPMI, aprovado por parlamentares em 2023, caracteriza o episódio como uma tentativa de golpe de Estado, com 235 menções ao termo “golpe”. A comissão sugeriu o indiciamento de várias pessoas, incluindo o ex-presidente, por envolvimento nos crimes relacionados aos atos de janeiro. A Polícia Federal indiciou 40 indivíduos até o final de 2024, incluindo o ex-presidente, conforme as investigações em curso.