O senador Marcos do Val utilizou seu discurso durante a disputa pela presidência do Senado para criticar duramente as ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de promover uma perseguição política sem precedentes. O parlamentar destacou que, enquanto exercia seu mandato, enfrentou censura, bloqueio de redes sociais, salários retidos e multas, afirmando que era o único senador a viver tal situação. Durante sua fala, ele também fez uma crítica à atual presidência do Senado, representada por Rodrigo Pacheco, alegando que, nos últimos dois anos, não houve uma atuação efetiva em relação aos seus problemas.
Além disso, o senador questionou a postura de Moraes, especialmente no que diz respeito às investigações relacionadas aos acontecimentos de 8 de janeiro, e afirmou que essas ações estão colocando à prova os limites da democracia e das instituições. Do Val defendeu que a democracia no Brasil é seletiva, apontando que, enquanto alguns têm liberdade de expressão, outros são silenciados, incluindo ele próprio, devido às suas investigações contra outros Poderes. Ele enfatizou que, em sua opinião, o país não vive uma democracia plena, dada a atuação de Moraes.
Por fim, Marcos do Val demonstrou indignação ao revelar decisões de Moraes que, em seu entendimento, violam as garantias parlamentares. A crítica foi acompanhada por um forte questionamento sobre a atuação do STF, que, segundo ele, estaria ultrapassando os limites do poder. Ao término de sua intervenção, o senador retirou sua candidatura à presidência do Senado, mas sua fala refletiu a continuação de um debate sobre os rumos da democracia e das liberdades individuais no Brasil.