O Senado está tentando recuperar poder no Congresso e melhorar seu diálogo com a Câmara dos Deputados, especialmente com a escolha dos novos presidentes, Hugo Motta e Davi Alcolumbre. A expectativa é que a aproximação entre as duas Casas ajude a destravar pautas importantes, como a votação de medidas provisórias e a resolução de questões envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF). O novo relacionamento também visa fortalecer a articulação para resolver impasses relacionados às emendas parlamentares, que geraram conflitos com o STF no ano passado.
Em um gesto de aproximação, Alcolumbre e Motta têm se comunicado com frequência e buscam alinhamento entre as pautas de ambos os lados para melhorar o processo legislativo. Alcolumbre, por exemplo, defendeu a retomada das comissões mistas para a análise de medidas provisórias, algo que foi interrompido durante a pandemia e que, segundo ele, é crucial para a participação do Senado. Além disso, ambos os presidentes criticaram práticas da gestão anterior, como a manobra que dava à Câmara a palavra final sobre projetos originados no Senado.
O governo federal também espera que essa nova dinâmica entre as duas Casas ajude a resolver a disputa sobre o pagamento das emendas parlamentares, que foi suspenso pelo STF. A colaboração entre Câmara e Senado pode fortalecer o Congresso na resolução desse impasse. A relação de Alcolumbre com ministros do STF é vista como uma vantagem para encontrar uma solução mais rápida e eficaz, enquanto a gestão de Motta na Câmara também pode contribuir para que as pautas avancem de forma mais harmônica.