Em 2025, o Senado brasileiro deverá priorizar debates e votações relacionadas ao orçamento, a atualização da tabela do Imposto de Renda e a regulamentação da reforma tributária. O Orçamento, cuja votação foi adiada em 2024 devido a impasses com emendas, é considerado uma urgência pelos senadores, já que sua aprovação permite a execução de despesas essenciais. A expectativa é de que o projeto seja votado entre 10 e 20 de março, após o Carnaval. Além disso, a segunda fase da reforma tributária, que envolve a criação do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), também está entre os principais temas.
Outro ponto central para os senadores é a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, medida que visa combater desigualdades sociais e aliviar a carga tributária das classes mais baixas. A proposta tem apoio dentro do Congresso, mas também gera discussões sobre a responsabilidade fiscal do governo, com críticas à falta de clareza sobre como o Executivo pretende conciliar a atualização da tabela com outras políticas fiscais. A oposição, por exemplo, defende um olhar mais rigoroso para a redução de gastos públicos.
Por fim, os parlamentares enfatizam a importância de equilibrar a agenda econômica com o desenvolvimento social, combatendo desigualdades históricas. A senadora Zenaide Maia destacou que, além das questões fiscais, o Congresso precisa revisar as renúncias fiscais, que, segundo ela, resultam na perda de recursos essenciais para áreas como saúde, educação e segurança. Para ela, a responsabilidade fiscal deve ser abrangente e incluir o combate aos benefícios fiscais que não geram retorno para a população mais vulnerável.