O Senado dos Estados Unidos confirmou a nomeação de Robert F. Kennedy Jr. para comandar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), uma decisão que gerou críticas de especialistas em saúde pública. Kennedy, conhecido por suas posições céticas em relação às vacinas, é acusado de espalhar desinformação médica, como a ideia desacreditada de que as vacinas causam autismo. Sua confirmação gerou temores de que ele possa prejudicar a confiança pública na ciência e dificultar o avanço de políticas de saúde pública eficazes, como a vacinação e o controle de doenças infecciosas.
Durante sua audiência de confirmação, Kennedy procurou moderar suas opiniões sobre as vacinas, afirmando que não é contra as vacinas, mas a favor de maior segurança. No entanto, especialistas temem que sua liderança no HHS possa levar a mudanças que enfraqueçam as aprovações de vacinas ou criem um ambiente de desconfiança em relação a essas medidas. Além disso, suas respostas vagas sobre questões como o medicamento abortivo mifepristone e sua postura sobre a política de aborto levantaram preocupações sobre a possibilidade de uma regulação mais restritiva sob sua gestão.
Apesar de suas opiniões controversas, Kennedy recebeu apoio em algumas áreas, como sua posição sobre a alimentação e a nutrição. Ele propôs uma série de mudanças para melhorar a saúde alimentar nos EUA, incluindo a proibição de aditivos alimentares prejudiciais e o incentivo à redução do consumo de alimentos ultraprocessados. No entanto, muitos especialistas permanecem céticos quanto à eficácia de suas propostas, dada a predominância de suas opiniões mais polêmicas, especialmente no campo da saúde pública. A nomeação levanta questões sobre o impacto que a desinformação pode ter sobre a confiança nas instituições científicas e médicas.