O Senado Federal desclassificou a empresa R7 Facilities de duas licitações, que somavam R$ 48 milhões, após detectar uma irregularidade na sua apresentação. A empresa estava sendo investigada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) e havia sido inicialmente habilitada para participar de certames. A falha encontrada estava relacionada à documentação apresentada pela empresa, que indicava um benefício tributário indevido, permitindo ofertas com preços mais vantajosos.
A R7 Facilities é uma grande prestadora de serviços terceirizados no governo federal, com contratos significativos nos três poderes em Brasília. A empresa, que está registrada em nome de uma pessoa do Distrito Federal, é suspeita de integrar um grupo econômico envolvido em contratos bilionários com o poder público. A desclassificação ocorreu após a constatação de que a empresa não atendia aos requisitos legais para se beneficiar de desoneração tributária, o que foi considerado uma irregularidade insanável.
Além disso, a empresa R7 foi implicada em um caso de segurança, quando foi contratada para realizar serviços de manutenção na penitenciária federal de Mossoró, onde ocorreram fugas de presos de uma facção criminosa. A investigação policial e da CGU levou à deflagração da Operação Dissímulo, com mandados de busca e apreensão e prisões relacionadas a crimes como falsificação de documentos e fraude em licitações. O Senado reforçou seu compromisso com a legalidade e a transparência, adotando medidas para evitar novas contratações dessa empresa.