Segurar a urina por longos períodos pode causar sérios impactos na saúde, tanto urinária quanto ginecológica. A bexiga feminina tem capacidade para armazenar de 400 a 600 ml de urina, enquanto a masculina comporta entre 500 a 700 ml. Porém, a vontade de urinar surge muito antes de atingir essa capacidade máxima, o que faz com que o hábito de reter a urina seja potencialmente prejudicial. A prática repetitiva pode sobrecarregar os músculos da bexiga e prejudicar seu funcionamento ao longo do tempo, resultando em dificuldades futuras para esvaziá-la completamente.
Além de sobrecarregar a bexiga, segurar a urina aumenta o risco de infecções urinárias e desequilíbrios na flora vaginal. Ao manter a urina na bexiga por muito tempo, cria-se um ambiente propício para a proliferação de bactérias, o que pode levar a infecções do trato urinário e até complicações graves, como pielonefrite. As bactérias da uretra podem migrar para a região vaginal, provocando irritações, corrimentos e infecções. A proximidade entre essas regiões torna ainda mais preocupante o hábito de segurar o xixi.
Em casos pontuais, é possível segurar a urina por até seis horas sem maiores problemas. Contudo, a prática constante pode causar danos ao assoalho pélvico e alterar a elasticidade da bexiga. Isso pode resultar em incontinência urinária por transbordamento e infecções urinárias recorrentes. A recomendação é que se urine sempre que houver vontade, sem adiar o momento. Respeitar os sinais do corpo é essencial para evitar complicações no futuro e garantir a saúde urinária e ginecológica.