Na noite de sexta-feira (7), o segundo voo de deportados brasileiros sob o novo governo dos Estados Unidos chegou ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) transportou 96 pessoas que passaram por Fortaleza antes de seguir para Minas Gerais, totalizando 111 deportados no dia. Os passageiros relataram que enfrentaram longas horas sem alimentação durante o voo e foram algemados, prática comum nas deportações americanas. No entanto, ao desembarcarem em Fortaleza, as algemas foram retiradas.
O governo brasileiro ofereceu apoio aos deportados, com a Fecomercio disponibilizando transporte, alimentação e hospedagem no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, por até dez dias. Além disso, os imigrantes terão acesso a capacitação profissional. Essa situação vem gerando impasse entre Brasil e Estados Unidos, especialmente devido ao uso de algemas, que foi criticado pelo governo brasileiro no primeiro voo de deportados sob a administração de Donald Trump, em janeiro.
O Itamaraty anunciou que buscará explicações sobre as condições de transporte dos deportados e enviou um diplomata para acompanhar o mais recente voo, visando garantir um tratamento mais humanizado. Desde 2020, mais de 7.000 brasileiros foram deportados dos EUA, como parte das medidas mais rígidas adotadas pelo governo americano contra imigrantes irregulares, reforçando uma das principais promessas da administração Trump.