A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) iniciou, no dia 19 de fevereiro, a Operação Strangulatio, com o objetivo de combater a atuação do crime organizado dentro dos presídios do Rio de Janeiro. A ação foca em práticas irregulares como a concessão de regalias a líderes de facções criminosas, incluindo visitas íntimas não autorizadas. Agentes realizaram revistas nas unidades prisionais de Bangu, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em que 64 celulares e 1,8 quilo de supostos entorpecentes foram apreendidos, e 20 detentos foram isolados.
O trabalho da Seap também conta com o apoio da Secretaria Nacional de Política Penais (Senappen), que realizou o bloqueio de sinais de telefonia dentro das unidades. Além disso, a operação segue uma série de medidas para desarticular a rede de comunicação desses grupos criminosos. A secretária Maria Rosa Lo Duca Nebel ressaltou a intensificação do controle sobre essas facções, com a aplicação de ações mais rigorosas.
Nos últimos anos, houve um aumento significativo nas apreensões de itens proibidos, como drogas e celulares, durante as visitas aos presos. O número de visitantes flagrados tentando ingressar com produtos ilícitos mais que triplicou entre 2021 e 2024. Só em 2023 e 2024, a Seap confiscou 16 mil aparelhos celulares nas entradas das unidades prisionais, evidenciando o avanço das tentativas de comunicação clandestina dentro dos presídios.