Milhares de marinheiros estão sendo forçados a permanecer a bordo de embarcações em águas estrangeiras, sem receber salários e com escassos recursos, sem qualquer meio de retornar para casa. Esse é o caso de Vihaan, um engenheiro naval natural do estado indiano de Tamil Nadu. Ele embarcou em um navio no início de 2023 para uma viagem através da Baía de Bengala, com destino a Bangladesh. Após entregar a carga, ele deveria retornar à Índia em março de 2024, mas o navio em que trabalhava foi detido pelas autoridades bengalesas devido a taxas não pagas, resultando na retenção do embarque.
Desde então, Vihaan permanece a bordo da embarcação, a Navimar 3, sem receber qualquer compensação pelo trabalho. Ele não possui documentos de viagem, como seu passaporte e certificações, que estão sendo retidos por um agente local da empresa responsável. Além disso, o navio está ancorado em uma área propensa a ciclones e o engenheiro é obrigado a manter a embarcação segura, sem meios adequados de comunicação ou recursos para sua sobrevivência.
A situação de Vihaan reflete a realidade de muitos outros marinheiros que enfrentam condições semelhantes. Sem abastecimento suficiente de alimentos e água, eles dependem de ajuda de organizações de caridade e sindicatos. Essa crise destaca a precariedade do setor marítimo e as dificuldades enfrentadas por trabalhadores que ficam à mercê de empresas que negligenciam suas responsabilidades e direitos.