Santorini, uma das principais ilhas turísticas da Grécia, entrou em estado de alerta após uma sequência de terremotos, incluindo um tremor de magnitude 5,2 na quinta-feira (6). O governo grego declarou situação de emergência, e cerca de 11 mil pessoas foram evacuadas da ilha desde o final de janeiro, devido aos abalos. A infraestrutura local foi inspecionada pelo primeiro-ministro, que destacou que, apesar da intensa atividade sísmica, a população não corre risco imediato, graças ao rigoroso código de construção do país.
A ilha de Santorini, que foi devastada por uma erupção vulcânica há mais de 3,6 mil anos, enfrenta uma situação de vulnerabilidade devido ao seu histórico sísmico. Vários países da Europa, como Grécia, Itália e Portugal, estão localizados em zonas de intensa atividade sísmica, resultado do encontro de placas tectônicas. O uso de tecnologias avançadas tem permitido respostas mais rápidas, com destaque para a inteligência artificial, que ajudou a detectar tremores menores, identificando a atividade sísmica de forma mais eficaz.
Estudos recentes realizados pelo Serviço Geológico britânico revelaram que a onda sísmica que afetou Santorini começou cinco dias antes do que se imaginava, com a detecção de cerca de 20 mil tremores, número significativamente maior do que os identificados por métodos convencionais. A sismóloga Margarita Segou enfatizou que essa abordagem permite identificar sinais precoces de atividade sísmica e pode oferecer até cinco dias de preparação para as autoridades e a população, ampliando as chances de uma resposta mais eficaz em situações de crise.